Gatos e garras – vivendo felizes para sempre

06/05/2014=^.^=

Por Jackson Galaxy e Dr. Jean Hofve (link)

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As garras são fisica, social e emocionalmente vitais para todos os gatos.

O ato de afiar as garras não é apenas natural, mas necessário. Veja o motivo:

1-      Remove as camadas mortas da unha, mantendo-a afiada e pronta para caçar.

2-      É um exercício essencial para alongar e fortalecer a parte superior do corpo.

3-      Entre os dedos do seu gato, estão glândulas que deixam a “assinatura olfativa” dele no local arranhado.

O ato de arranhar árvores, postes e troncos é um elemento essencial para a comunicação felina. Ele resolve problemas de comportamento, de saúde e de segurança. Mas aí vem a questão “Como fazer meu gato parar de arranhar o sofá?”

 

As técnicas do SIM

Lugares apropriados para seu gato arranhar são críticos para obter o comportamento desejado e mantê-lo a longo prazo. Vamos falar depois sobre como tornar os seus móveis menos atrativos, mas precisa existir um lugar agradável para ele afiar as garras. Recomendamos não apenas um arranhador, mas vários, dependendo de quantos lugares ele já costuma arranhar. De início, se ele arranha os dois braços do sofá, é lá onde você vai pôr os dois primeiros arranhadores.

Mobília felina: arranhadores, árvores e casinhas

Arranhadores ou árvores para gatos são benéficos em muitos sentidos, um dos quais é servir de lugar para a marcação olfativa em casas com mais de um gato. Antes de investir dinheiro comprando ou construindo um arranhador, tenha certeza de que é o modelo certo para seu gato. Existem modelos horizontais baratos feitos em papelão para os gatos que adoram carpete e tapetes, modelos em rampa para gatos que arranham os móveis a uma altura baixa, e postes ou árvores para os que gostam de se esticar e arranhar no alto.

O material também é importante. A maioria dos gatos gosta da sensação do sisal, e também de madeiras macias, já que é o que mais se assemelha ao que eles mais gostam de arranhar na natureza – árvores! Troncos de pau-brasil e cedro fazem o maior sucesso. Tome cuidado com arranhadores e casinhas com carpete, pode ser difícil ensinar para o seu gato que esse carpete pode e o do tapete não.

Como fazer um “test-drive” na mobília do gato

Lembre-se que para o gato poder se exercitar e alongar corretamente ele precisa ter uma boa confiança no arranhador, para poder pendurar todo seu peso nele. Ou seja, se a base for muito pequena ou balançar, o gato vai acabar voltando para o sofá, que é firme o suficiente.

Como ensinar o gato a usar a mobília dele (e não a sua)

Uma vez que o poste ou arranhador já está em casa, esfregue catnip nele todo ou coloque o brinquedo preferido do seu gato no topo, criando um jogo que permita ao gato imitar o movimento de afiar as unhas. Elogie-o sempre que ele estiver no arranhador, fazendo assim uma associação positiva.

 

As técnicas do NÃO

Os métodos a seguir ajudarão a acabar com o habito do gato de destruir sua mobília, retirando o que é atrativo e deixando o componente que não é, por exemplo:

– cobrir a área afetada com papel alumínio

– colocar uma fita adesiva dupla-face (já existem modelos específicos para gatos destruidores em pet shops)

– protetores plásticos

– tapetes que pinicam

Mas lembre-se: esses métodos aversivos só vão funcionar se o gato tiver um local alternativo tão agradável quanto o original para afiar as unhas.

Dicas de treinamento

Fazer o seu gato adotar um novo lugar para arranhar é um processo. Você estará mudando seus hábitos, o que leva tempo. Conforme ele for usando o arranhador, vá diminuindo as medidas aversivas.

Se o gato estiver demorando para aceitar o arranhador, tente fazer sessões diárias de treinamento em que você faz barulho passando suas próprias unhas pelo cisal, acompanhado de elogios e petiscos para o gato assim que ele arranhar o lugar certo. O timming aqui é muito importante! O reforço positivo (petisco e elogios) deve acontecer enquanto o gato está fazendo a ação, nem um nanosegundo depois, ou ele não vai entender pelo que você está parabenizando ele – ele vai gostar do petisco, mas não vai captar a mensagem.

Se você pegar o gato arranhando o lugar errado, mesmo com os métodos aversivos, corrija-o com um som; um chiado, um “há” rápido, mas nada que ele possa associar negativamente à sua voz. É por isso que não se usa o nome do gato na hora da correção, apenas quando ele faz algo que aprovamos. Seu nome só deve ser usado em frases positivas.

Principalmente no começo, é importante associar à correção uma ida até o arranhador, onde o gato tem a oportunidade de fazer o certo e ganhar uma recompensa. Depois da correção, levar seu gato até o local certo não deve passar a sensação de bronca – não levante o gato do chão de repente, nem continue a correção depois do som com tons bravos.

Seja paciente. Incorporar o novo comportamento à rotina dele pode levar meses.

 

Foto: Philip Pena