Os 5 passos fundamentais para tranquilizar o gato durante sua ausência

05/02/2016=^.^=

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Mito: gatos são independentes e não se incomodam de ficar sozinhos.

Verdade: gatos sentem falta dos familiares da mesma forma como pessoas e cachorros sentem. Alguns ficam tão ansiosos que, na ausência dos humanos, começam a urinar para fora da caixinha, miar excessivamente, arranhar lugares errados e, o pior, param de comer (o que pode ser letal!).

Por isso é muito importante ajudar o gato a ficar mais tranquilo durante sua ausência, principalmente em casos de viagens prolongadas, e pedir para a pessoa que for cuidar dele conferir se ele está se alimentando ou apresentando algum comportamento diferente.

catsitter como escolher

1. Quem vai cuidar

Seja um catsitter profissional, um amigo, parente ou vizinho, atente para alguns pontos básicos. O principal é a pessoa gostar de gatos e, de preferência, ter ou já ter tido gatos (cachorros são “outros 500”). Isso indica que ela provavelmente terá uma base melhor para avaliar anomalias de comportamento ou saúde. A pessoa ter opiniões parecidas com a sua sobre como cuidar do animal também é importante (se você deixa seu gato sempre dentro de casa, por exemplo, pode preferir uma pessoa que faça o mesmo à uma que deixe os dela soltos com acesso à rua).

É importante também que a pessoa tenha meios de locomoção para levar o gato a um veterinário em caso de emergência. Caso ela não tenha carro próprio, deixe o telefone e dinheiro para um táxi à vista (junto com a caixa de transporte do gato). E apresente a pessoa ao gato e à casa com antecedência.

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2. Segurança

Antes de mais nada, tenha certeza de que o gato está identificado com uma coleira ou plaquinha com seu telefone e DDD. Se ele achar que foi abandonado ou se estressar demais, pode tentar sair de casa e se perder ou sofrer um acidente. Por esse motivo, também pode ser uma boa ideia deixa-lo apenas dentro de casa, mesmo que normalmente tenha acesso à rua – mas acostume-o aos poucos, com bastante antecedência à viagem.

Deixe o telefone e celular do seu veterinário de confiança com a pessoa que vai cuidar do gato, e certifique-se de que o veterinário não estará viajando também. Igualmente importante é atentar para riscos de acidente doméstico: aparelhos ligados na tomada, fios que podem ser engolidos, pontas cortantes, vãos em que ele pode ficar preso, brinquedinhos com partes pequenas que podem ser engolidas ou com cordões.

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3. Entretenimento

A melhor forma de garantir o bem estar do gato, em qualquer situação, é mantê-lo ativo fazendo o que nasceu para fazer: caçar e explorar. Peça para quem for cuidar dele brincar com brinquedos de vara até que ele se canse, duas vezes por dia se possível. Deixe muitos brinquedos interativos e puzzles espalhados pela casa (veja algumas opções caseiras aqui). É um bom momento para dar presentes novos também.

Para complementar, espalhe caixas de papelão para ele se esconder e explorar, se conseguir, faça túneis e castelos as com caixas. Coloque móveis perto das janelas para ele poder ficar observando o lado de fora, uma televisão de gato também vai bem (veja como fazer aqui). Quando a pessoa responsável for visita-lo, pode levar um dia ou outro um punhado de catnip também, mas deve supervisionar o efeito para garantir que o gato não fique muito empolgado e acabe se machucando.

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4. Alimentação

O maior perigo na ausência da família é o gato parar de se alimentar por nervoso, ansiedade, saudade e stress. Alguns dias sem comer pode ser letal para um gato. Portanto, deixe vários sachês bem apetitosos à mão de quem for cuidar dele e peça para a pessoa conferir o pratinho todos os dias. Se o gato parar de comer ou comer pouco e recusar até o sachê, deve ir imediatamente ao veterinário.

Quando se tem mais de um gato, a tarefa pode ser mais difícil. O sachê ajuda, já que eles provavelmente vão comer na hora. Mas caso a pessoa desconfie de algo, pode separar o gato que talvez não esteja comendo em um outro cômodo e voltar mais tarde para ver se ele se alimentou.

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5. Técnicas para acalmar

Gatos são mestres do zen. Eles sabem relaxar de forma que nos dá inveja, mas às vezes podem precisar de uma ajudinha. A maioria dos gatos responde bem a florais, que você pode encontrar na maioria das pet shops. Músicas calmas em volume baixo também ajudam (leia mais sobre isso aqui). E, claro, o difusor Feliway – um ferormônio sintético com os odores que o gato libera quando está calmo e ajuda a relaxar.

Se o gato se sente à vontade com a pessoa que for cuidar dele, ela pode fazer uma massagem relaxante (leia como aqui). Caso o gato seja um pouco arrisco, você pode comprar ou fazer um massageador para o gato fazer a própria massagem (veja como clicando aqui).

 

Fotos: daisy.r, Onesharp, desconhecido, Steven Caddy, Vladimir e Trond Hagheim Kristensen.