Cuidar do humano… para ajudar o gato!
Seu gato está mal, ansioso, triste? E você? Parecem perguntas totalmente desconectadas, mas na verdade elas têm tudo a ver! Dividir a vida com nossos peludos vai muito além de compartilhar a casa, o sofá e o travesseiro, compartilhamos também como estamos nos sentindo (leia mais sobre isso aqui).
E quando a gente se importa, a gente se contagia com as emoções dos outros, sejam boas ou ruis. Não tem como ficar feliz se seu melhor amigo está mal, tem? Nem como manter a calma ao lado de alguém que está ansioso ou nervoso. Pois com os gatos acontece a mesma coisa, eles se importam com a gente, e são como uma esponjinha de sentimentos: absorvem tudo o que estamos sentindo.
Isso é lindo e é parte da magia de conviver com animais. Porém, por outro lado, podemos afetar de uma forma negativa nossos peludos, mesmo sem querer ou perceber. Sempre que seu gato apresentar um comportamento prejudicial ou indesejado, pergunte-se se não pode ser o reflexo de alguma coisa pela qual vocês estão passando juntos, como um período de dificuldades, mudanças, incertezas.
Por exemplo, se o gato começa a arranhar os sofás, borrifar xixi fora da caixinha, miar demais, pode ser que ele esteja inseguro e ansioso, então pergunte-se se você também não pode estar passando por um momento de insegurança e ansiedade.
É claro que nem tudo o que os gatos sentem tem origem nos nossos sentimentos! Na verdade, o contrário também pode acontecer: se você tem uma conexão muito forte com seu gato e ele está inseguro por algum motivo (ambiente inadequado ou animais dos vizinhos, por exemplo), pode ser que você absorva esse sentimento dele.
Tudo isso quer dizer que… quando for lidar com algum problema de comportamento do seu gato, pode ser uma boa ideia cuidar de você também. Muitos veterinários já recomendam “tratamentos” em conjunto, se o miau vai tomar um floral para ansiedade, por exemplo, é muito válido que o humano tome um floral também (leia sobre florais aqui). Ou seja, cuidar do humano pode ajudar o gato :)
Por exemplo, ao criar uma rotina de brincadeiras para aumentar a autoestima do peludo, você pode pensar em fazer algo que melhore a sua autoestima também, talvez um novo esporte, um novo hobby, uma mudança de visual, aulas de meditação… Assim, vocês dois ficam bem, juntos!
Fotos: Chris Isherwood, A.Davey