As 5 melhores dicas de gatificação

12/11/2020=^.^=

Gatificação é o termo moderno para enriquecimento ambiental, vindo do inglês “catification”. Significa transformar a casa para que seja não só um lar de humanos, mas também de gatinhos, atendendo as necessidades básicas do peludo também. Leia mais aqui.

1. Pense como um gato.

Nós, humanos, percebemos a casa de uma forma praticamente horizontal. A não ser que tenha um beliche ou similar, você provavelmente não anda em mais do que um plano por área, ficando só nas duas orientações para frente/trás e esquerda/direita.

O mundo dos gatos, escaladores natos, não funciona assim! O mundo deles é tão horizontal quanto vertical. Eles não percebem o ambiente só em duas orientações, eles percebem uma terceira: para cima e para baixo.

Você pode morar em um apartamento de apenas um cômodo e ter um ambiente bem amplo para o seu gato… verticalmente! Use e abuse de vários níveis e alturas.

 

2. Veja como um gato.

A altura média de um humano é entre 1,6 – 1,7 metros. De um gato é 25 centímetros. Ou seja, para ver como um gato, você precisa deitar no chão! E se surpreenderá com a quantidade de novos caminhos que vai perceber dentro da sua própria casa.

A partir daí, vá testando os outros níveis e perspectivas que o gato pode ter do ambiente: de cima da estante, do armário, da geladeira; debaixo da mesa, da cama; atrás do sofá. Assim dá para enxergar as possibilidades e calcular distâncias.

Será que a prateleira dele está muito alta para subir direto do chão? O sofá não pode ficar um pouco mais longe da parede e formar um túnel? Aquele vão na estante de livros não pode ganhar uma caminha ou almofada? Se o rack da TV for alguns centímetros para o lado, não vai dar para deitar nele e olhar a janela?

 

3. Nada de pontos de emboscada.

Pontos de emboscada são “becos sem saída” onde um gato pode se sentir encurralado, seja porque um outro gato está bloqueando o caminho dele ou simplesmente porque ele não se sente seguro sem um plano B de fuga.

O que isso quer dizer é que toda prateleira, toca, ponte, torre, árvore, arranhador precisa ter no mínimo duas saídas. Pense no caminho como sendo circular, sendo possível entrar por um lugar e sair por outro diferente. Não adianta ter uma escada de prateleiras até o teto se chegando lá o gato não pode descer pelo outro lado – ele provavelmente vai preferir nem subir.

A lógica também vale para o design de cada cômodo: em vez de uma única parede explorando o ambiente para cima, verticalize todas elas possibilitando que o gato circule o cômodo sem precisar nunca pôr as patas no chão. Basta só aproximar os móveis das prateleiras para que ele possa saltar de um para o outro, por exemplo, e ele se sentirá muito mais confiante no território!

 

4. Imite a natureza.

O corpo e a mente dos gatos são adaptados para o ambiente onde eles viviam, a natureza. Se lá fora eles teriam árvores e arbustos para escalar, arranhar, espreguiçar, espreitar, se esconder… Dentro de casa precisam da mesma coisa (veja uma comparação aqui).

Observe como é a interação dos felinos selvagens com o ambiente, principalmente os menores, e use a criatividade para trazer essa riqueza toda para dentro de casa, seja como móveis no lugar de árvores, rochas e tocas ou até plantando graminhas e plantinhas para ele. Veja aqui sobre as graminhas, aqui dicas para criar um jardim sensorial e aqui sobre os catios (cercados externos para gatos).

 

5. Conheça seu gato.

Cada gato tem suas preferências próprias, para tudo! Desde a altura das prateleiras principais e a forma de acesso a elas até a orientação e material do arranhador (carpete ou sisal; vertical, inclinado ou horizontal). Alguns gatos preferem várias tocas e túneis no chão, outros preferem ficar o mais perto possível do teto. E a melhor pessoa para identificar a preferência do seu filho é você!

 

Foto: Garen M.