Riscos e prevenção do câncer de mama em gatos
O câncer de mama está entre os tipos de câncer mais comuns em gatos, atrás de linfomas, associados à FeLV, e de pele, principalmente em gatos brancos. E, assim como com pessoas, a informação é a maior arma contra esse mal.
Castração é prevenção!
Por estar ligado à produção e exposição a hormônios, o riscos de câncer de mama em gatos pode ser reduzido em 91% com a castração antes dos seis meses de idade e em 86% com a castração antes de um ano de idade1.
Grupos de risco
Mais de 90% dos gatos afetados são fêmeas não castradas com mais de 10 anos de idade. Algumas raças, como siameses e persas, têm maior predisposição. Existe também uma relação entre o uso de anticoncepcionais e o aparecimento de tumores. E atenção: embora seja raro, machos também podem ter câncer de mama.
Detecção precoce e diagnóstico
85% dos casos do câncer de mama em gatos é maligno e agressivo, espalhando-se rapidamente para as outras mamas ou órgãos. Por isso a detecção precoce é fundamental para aumentar as chances de um tratamento bem sucedido.
Gatos escondem doenças muito bem e pode ser difícil perceber que algo não está bem. Alguns sinais são desânimo, falta de apetite, aparecimento de um carroço na região das mamas e lamber excessivamente o local.
A qualquer suspeita, corra imediatamente para o veterinário. Ele poderá realizar os exames necessários, entre eles punções aspirativas e biópsia. Caso seja confirmado o câncer, é importante realizar exames adicionais para garantir que ele não tenha afetado outros órgãos (metástase).
Tratamento
É extremamente recomendável consultar um veterinário especialista em câncer e, preferencialmente, câncer em gatos. O tratamento mais indicado é cirúrgico e é muito comum a remoção de toda cadeia de glândulas mamárias do lado afetado, justamente por estarem conectadas e ter um alto risco de o câncer se espalhar.
Em alguns casos, pode ser indicada a quimioterapia e os gatos tendem a tolerá-la muito bem, a maioria não demonstra efeitos colaterais. A radioterapia também é uma opção, porém exige várias sessões com anestesia, o que já apresenta outro risco.
Em situações extremas ou terminais, o importante é manter o gato aconchegante e livre de dor. Nesses casos, o tumor pode ser removido parcialmente apenas para reduzir o incômodo e é recomendado o uso de analgésicos.
E não se esqueça de você!
Informe-se aqui sobre o câncer de mama em humanos.
1. Overley, B., Shofer, F. S., Goldschmidt, M. H., Sherer, D. and Sorenmo, K. U. (2005), Association between Ovarihysterectomy and Feline Mammary Carcinoma. Journal of Veterinary Internal Medicine, 19: 560–563. Acesse aqui.